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my dragons

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Ganhe benefícios, percam empregos



No prédio onde moro alguns funcionários serão demitidos.

De acordo com a empresa de segurança, o sindicato da categoria exigiu (e conseguiu) aumento considerável nos vencimentos, como " adicional de periculosidade".

O trabalho não é exatamente dos mais complexos ou realmente perigosos.
Entretanto, está na lei, e a lei é burra mas é lei, como ensina o adágio latino vagamente adaptado. Resultado: portaria eletrônica.

A esquerda fala o que o povo quer ouvir, e seu discurso é intuitivo e bastante eficaz. 

Simplesmente faz sentido, para um trabalhador pobre, quando lhe dizem que há bilionários demais no mundo enquanto ele tem de esperar na fila do SUS para ser atendido.

Existem muitos pobres no mundo e eles não foram inventados por Karl Marx.

Dizer a um desempregado que a proteção trabalhista e o salário mínimo são institutos que o prejudicam, e são, é como dizer a uma criança que doces demais fazem mal para a saúde, e fazem.

Ele simplesmente não vai entender a piada. Isso pode ser, e é, tecnicamente verdadeiro, mas exige muita Suspensão da descrença para o gosto do freguês que, no caso, atende pelo nome de “eleitor”.

As pessoas querem tomar parte do que acreditam lhes caber, e não apenas confiar na mão do livre mercado que, por invisível, não se pode tocar.

O pagador de impostos é um Tomé desconfiado. Na favela, no sertão, na periferia, na 25 de março – todo mundo quer comprar, vender, trocar, contratar, descontratar, viver do que é seu.

A pirataria ensina mais do que muitos economistas.

É preciso ajustar o discurso e fazer o trabalhador entender que o Estado é o cobertor curto que promete cobrir os pés (serviços sociais) ao custo de descobrir a cabeça (impostos), e termina arrancando fora cabeça, tronco e membros, para ficar com o cobertor só pra ele.

Fonte:https://www.facebook.com/gustavo.nogy/posts/10155441706078322

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